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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Narcolepsia, Hipersonia, Síndrome das pernas inquietas e DMPM (distúrbios do sono)



 Narcolepsia


 Pessoas  com narcolepsia sentem uma necessidade repentina e irresistível de dormir durante o dia. Normalmente, essas sonecas acontecem em qualquer lugar e duram de alguns segundos a 30 minutos, mas não são cochilos programados. São mais apropriadamente chamados de “ataques” de sono que podem ocorrer repetidamente durante o dia, em meio às atividades normais, como conversar, comer e até mesmo dirigir. Em um minuto, a pessoa está acordada e alerta, no seguinte, está dormindo.Você pode achar que essas pessoas estão cochilando incontrolavelmente porque não dormem bem, mas os narcolépticos costumam ter um bom descanso à noite. A culpada parece ser a degeneração de certas células no cérebro, o que leva a alterações do controle da vigilância e do sono REM.

Pessoas sem esse transtorno começam o sono em ciclo não-REM e terminam em ciclo REM. Pesquisadores descobriram que pessoas com narcolepsia, por outro lado, geralmente, começam um ciclo com sono REM.

Como se esses sintomas não fossem suficientes, um outro sintoma importante que acompanha a narcolepsia é a cataplexia, que é a paralisia súbita, completa ou parcial dos músculos provocada por emoções como alegria, raiva ou euforia. Então, imagine a seguinte situação: você vai a um encontro. Alguém diz alguma coisa engraçada. Você espontaneamente dá gargalhada e, no momento seguinte, está dormindo. Essa situação embaraçosa, com certeza, não é a maneira como você gostaria de terminar o encontro.

A cataplexia é provocada por um mecanismo de sono REM semelhante à paralisia parcial que o cérebro naturalmente provoca para evitar que ajamos nos nossos sonhos à noite. Esse mesmo mecanismo pode provocar outro sintoma de narcolepsia chamado de paralisia do sono, no qual a pessoa está acordada, mas é incapaz de se mover ou falar por alguns momentos.

A paralisia ocorre quando a pessoa está adormecendo ou acordando. Alucinações assustadoras, que são, na verdade, sonhos ou pesadelos, podem ocorrer durante a paralisia do sono, o que é outro sinal de que o modo de sono REM não foi "desligado". Quando a paralisia do sono e as alucinações ocorrem ao mesmo tempo, pode ser extremamente desesperador.


A narcolepsia normalmente começa no fim da infância ou da adolescência e o sono excessivo é quase sempre o primeiro sintoma. Embora não haja cura para a narcolepsia, é possível diminuir os sintomas tirando pequenos cochilos, quando necessários, durante o dia. Outros tratamentos incluem medicamentos controlados, como antidepressivos e estimulantes. Os estimulantes são usados para combater o forte sono durante o dia e os antidepressivos, para controlar a cataplexia, a paralisia do sono e as alucinações relacionadas ao sono.



Sono durante o dia pode também ser sinal de hipersonia.


Hipersonia

A hipersonia é um transtorno do sono que faz a pessoa dormir demais, seja à noite ou durante o dia. Algumas pessoas dormem naturalmente por períodos mais longos e não são consideradas portadoras de um transtorno do sono. Mas outras podem dormir demais com algumas características diferenciadas. Veja a seguir os três tipos de hipersonia.
  • Hipersonia recorrente - dura algumas semanas e pode aparecer periodicamente. Algumas pessoas exageram na alimentação e sentem uma hipersexualidade com o sono excessivo. Esse tipo é mais comum entre os rapazes adolescentes.
  • Hipersonia idiopática (que significa “de causa desconhecida”) - é freqüentemente confundida com a narcolepsia porque os sintomas são semelhantes. A principal diferença é a ausência de cataplexia, paralisia do sono e alucinações relacionadas ao sono.
  • Hipersonia pós-traumática - pode ocorrer como resultado de um ferimento na cabeça e, geralmente, apresenta cefaléias e problemas de concentração e memória. Os sintomas geralmente começam imediatamente após o ferimento.
O tratamento para hipersonia pode incluir o uso de um ou mais medicamentos controlados. Como a causa da hipersonia idiopática não é conhecida, o tratamento se limita ao controle dos sintomas. É necessário um diagnóstico preciso antes que se possa começar qualquer tratamento.


Um outro distúrbio primário do sono, a síndrome das pernas inquietas, é um incômodo físico que não deixa a pessoa dormir.

Síndrome das pernas inquietas e DMPM

As pessoas que sofrem da síndrome das pernas inquietas (SPI) têm uma sensação de desconforto (arrepio, queimação, coceira ou picada) nas pernas quando estão descansando por longos períodos, especialmente à noite. Os movimentos involuntários das pernas acabam interferindo no sono.

O que você pensaria se alguém dissesse que tem a sensação de que há algum besourinho andando pelos músculos das pernas enquanto tenta dormir? Essa sensação pode estar relacionada à síndrome das pernas inquietas (SPI).

Mexer as pernas parece ajudar a aliviar o desconforto, mas isso freqüentemente acorda a pessoa. E isso, é claro, acaba levando à fadiga durante o dia.

Dos 12 milhões de norte-americanos com SPI, a maioria são adultos de meia idade, embora esse transtorno possa ocorrer em qualquer faixa etária. Também se pode suspeitar da SPI nos casos descritos a seguir.


SPI e DMPM

Os sintomas da síndrome das pernas inquietas (SPI) e do transtorno dos movimentos periódicos dos membros (DMPM) são parecidos, mas com algumas diferenças. Uma sensação de arrepio nas pernas, por exemplo, é um sinal de SPI, mas não de DMPM. Embora cada um seja considerado um transtorno independente, estima-se que 80% das pessoas com SPI também têm DMPM.
  • crianças que têm “dores do crescimento”, ou as hiperativas;
  • gestantes, especialmente as que estão no último trimestre;
  • pessoas com histórico familiar de SPI;
  • pessoas com deficiência de ferro; 
  • pessoas com anemia, diabetes, insuficiência renal ou artrite reumatóide.
A melhora da SPI pode ocorrer com exercícios regulares e redução do consumo de cafeína. Mais freqüentemente, a SPI é tratada com medicamentos controlados e técnicas de relaxamento.

Distúrbio dos movimentos periódicos dos membros (DMPM)
O seu cônjuge já reclamou que você mexe repentinamente as pernas enquanto dorme? Uma causa possível é que você pode estar sonhando que vai marcar aquele gol decisivo em uma partida de futebol da Copa do Mundo, mas o mais provável é que você tenha o transtorno dos movimentos periódicos dos membros (DMPM).
Certamente, o diagnóstico de DMPM não é tão excitante quanto ganhar a Copa do Mundo, mas, pelo menos, seu cônjuge poderá ter uma noite de sono melhor se você tratar o problema. E você também terá melhores noites de sono.

Os movimentos involuntários do DMPM podem ocorrer a cada 10 a 60 segundos e normalmente acontecem na primeira metade da noite durante o sono NREM. Os movimentos em si não são perigosos (exceto talvez para seu cônjuge). A principal desvantagem é acordar freqüentemente, o que leva à fadiga durante o dia. Cerca de uma em três pessoas acima de 60 anos tem DMPM. O tratamento é o mesmo da síndrome das pernas inquietas.

Se os movimentos de seus membros tiram você da cama e o levam a andar pela casa, você pode estar com sonambulismo. 


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